Macaco Manual Acervo das Azenhas

José Lopes adotou este mecanismo manual na sua Moagem elétrica. Esta técnica era mais prática e funcional, adaptada às mós acionadas a grande velocidade, muito maiores e mais pesadas. O trabalho de remover as mós ficava facilitado, deixando de ser aquela tarefa tão penosa pelo trabalho e esforço exigido, além de perigosa. Reduzia assim o tempo da remoção e tudo se tornava mais seguro.

Segue-se a descrição do mecanismo e da sua funcionalidade, baseada no testemunho do seu descendente José Acto Lopes:

“O macaco todo em ferro, apresenta dois braços que tinham a função de abraçar a mó durante a remoção e a movimentação desta. Na extremidade de cada braço existe um espigão também em ferro que encaixava nas duas perfurações existentes na face lateral da mó para esse efeito, em lados opostos, ambas ao mesmo nível, distância e profundidade. Na junção dos dois braços existe um fuso que fazia levantar ou baixar a mó manualmente para que ficasse na altura desejada. Quando a mó ficava suspensa, o seu próprio peso não permitia que estes braços se abrissem, proporcionando o seu manuseamento em segurança. Desta forma a mó podia ser movimentada, rodando sobre si mesma; a face voltada para baixo, rodava para cima. Nessa posição, manipulava-se o macaco lateralmente de forma a ficar colocada em duas pranchas de madeira, na horizontal, pronta para ser picada.  Quando terminada a picagem, aplicava-se este processo de modo inverso.”

 

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